terça-feira, 29 de março de 2011

Enecos apóia luta dos estudantes da UESPI

A Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) está presente e apóia a luta dos estudantes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) que estão neste momentos dentro da reitoria, pressionando a decisão do Conselho Universitário (ConSun). O descaso do Governo do Estado com esta Universidade tem gerado um sucateamento do ensino e é em defesa deste que estudantes, assim como professores e técnicos tem se mobilizado.

A luta contra a implementação do Novo Enem (SiSu) é importante e não é uma luta isolada. Lutamos antes de tudo pelo fim do vestibular, uma vez que defendemos o acesso universal a um ensino público de qualidade. Infelizmente o Enem está longe de ser o proclamado ‘fim do vestibular’, ele não muda o caráter excludente da seleção.

O Novo Enem privilegia estudantes que tem dinheiro de se mudar de uma cidade para outra, além de estabelecer uma prova nacional para todas as universidades, ignorando regionalidades (como é de praxe nas políticas educacionais brasileiras). Além disso ignora a necessidade de uma assistência estudantil que mantenha os estudantes cursando a graduação.

Além disso, a luta destes estudantes é em defesa da democracia nos processos de decisão universitária, uma vez que é com autoridade e truculência (inclusive com ameaças físicas aos estudantes) que a Reitoria e seus comparsas tentam a aprovação do projeto.

Não queremos a substituição de um vestibular por outro. Acreditamos que a universidade deve se voltar para a sociedade, e para tanto, deve abrir suas portas para que todos possam estudar. Para isso é necessário mais investimentos na educação, pensando não somente o acesso, mas também a permanência dos estudantes na universidade

28 de março de 2011

Enecos – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social

Carta de Repúdio à Mídia “Chapa Branca” do Piauí.

A Universidade Estadual do Piauí passa por uma situação de descaso e sucateamento há muito tempo. Desde setembro do ano passado, estudantes, professores e servidores se uniram na campanha SOS UESPI. Este ano a campanha iniciou com a paralisação dos professores por total falta de estrutura, o que levou uma reação em cadeia e várias manifestações. No entanto, alguns meios de comunicação local têm usado os fatos de forma sensacionalista e, por vezes, distorcidos.

E nós, que compomos a campanha SOS UESPI, assim como as entidades estudantis e trabalhistas que contribuem com o movimento, nos manifestamos contra a criminalização deste movimento na mídia. Os chavões e erros propositais tem sido a pauta dos meios de comunicação local. Como por exemplo, o uso da palavra “invasão” da reitoria, quando na verdade estávamos ocupando um espaço público. E mais sinicamente, quando portais noticiam que nossa manifestação era para barrar a reunião do conselho universitário, quando, na verdade, estávamos exigindo a nossa participação na reunião.

A prática dos meios de comunicação, que deveriam servir como bem social, chegam a sua mais suja face, quando o Secretário de Educação do Estado, Átila Lira, exigiu dos meios de comunicação local, que não sejam noticiadas quaisquer matérias que façam menção às manifestações de estudantes e professores da UESPI.

Sabemos que a concentração dos meios de comunicação está nas mãos de empresários, que por sua vez, tem interessante em manter o status quo junto com o governo. Queríamos lembrar aqui, que a comunicação deveria cumprir seu papel social da pluralidade, no entanto, ela está servindo aos mandos e desmandos do governo do estado e empresários locais.

Repudiamos a criminalização da campanha SOS UESPI na mídia, repudiamos forma como algumas noticias têm sido abordadas, sempre em apoio ao governo e seu projeto de desmonte da educação publica. Repudiamos o sensacionalismo usado como ferramenta de venda pelos jornalistas locais, repudiamos esse modelo concentrados dos meios de comunicação e falta de democracia nos mesmos.

Repudiamos também a forma como o governo se utiliza dos meios de comunicação para desviar o foco da Campanha. Um claro exemplo disso é a matéria veiculada na manhã desta terça-feira pelo jornal Meio Norte, que isenta o governo de toda a culpa pelo caos que aflige a nossa universidade. A crise na instituição não é somente um problema de gestão administrativa da UESPI, mas é também um problema de gestão do estado do Piauí.

A Campanha SOS UESPI é uma campanha em DEFESA da UESPI, e por isso, repudiamos a forma que ela vem sendo mostrada por alguns veículos de comunicação, como um movimento de baderneiros ou vândalos que “invadem” alguns espaços. Todavia, as manifestações não irão parar e a luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade, vai continuar e ganhará forças, porque lutamos em defesa da sociedade piauiense.