sexta-feira, 8 de maio de 2009



Manifestação dos estudantes da Uespi ocorreu a partir da Facime:


“Acorda estudante da Uespi, ‘bora’ tomar o DCE, agora é que é a hora, o estudante tem que está de pé”. É esse o coro que sai da boca de estudantes da Universidade Estadual do Piauí, na manhã de hoje, durante manifestação, que acontece na frente da Facime (Faculdade de Ciências Médicas).
De acordo com Larissa Andrade, que integra o movimento estudantil da Uespi, o objetivo da manifestação é esclarecer aos demais estudantes da Universidade o que é o DCE (Diretório Central de Estudantes) da Uespi. “A sociedade precisa saber o que está acontecendo dentro da Uespi, estamos sendo roubados. Nós queremos um DCE representativo”, disse.Larissa esclarece que o diretório é formado por ex-alunos da universidade e por estudantes que não representam a comunidade acadêmica da Uespi, por isso o motivo da revolta em relação ao DCE. “O movimento estudantil está no momento mais propício para a destituição do diretório já que agora temos o apoio jurídico e dos estudantes”, afirmou.
O movimento estudantil da Universidade conseguiu o direito de expedir a carteira de estudante pela Uespi, que antes era expedida apenas pelo DCE, a um preço mais baixo. Mas de acordo com Larissa, o diretório já está tentando reverter a situação. “Para que a situação não seja revertida, precisamos destituir o DCE enquanto temos o apoio judiciário", pontuou, acrescentando que o dinheiro que eles ganham com a emissão da carteira estuandantil não é aplicado em benefício do estudante. "Parte desse dinheiro deveria ser usado em atividades culturais, artistiscas e na pesquisa e extensão dentro da universidade, em benefício estudantil, mas isso não acontece", finalizou.

fonte: http://www.acessepiaui.com.br/geral/estudantes-da-uespi-querem-fim-do-dce/2862.html


Por: Pollyanna Carvalho/Acessepiauí

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Como tudo começou

Há nove anos atrás...

Um cara chamado Telsírio Alencar adentrou na UESPI no ano 2000, devido a apadrinhamento político, transferido como estudante de direito. Na época, o reitor da universidade era o Jônathas Nunes, filiado ao PMDB. Teucírio era partidário do PMDB, candidato a vereador nas eleições de 2000, ligado ao senador Mão Santa (à época governador do estado pelo PMDB). Interessado em conquistar votos, inseriu-se na academia estadual piauiense.

Júlio César Silva Holanda, companheiro de Teucírio, estudante de Direito da UESPI, ingressou na universidade também por expediente suspeito de auxílio político, filiado ao PCB. Júlio César e Telsírio descobriram que o presidente do DCE, Júlio “Mintirinha”, pelo estatuto da entidade, estava irregular. Com a posse dessa informação, encaminharam uma assembléia estudantil e elegeram-se em 2001 pela brecha da vacância administrativa no estatuto, devido às anormalidades constatadas na gestão anterior. Desde então, o grupo dessas pessoas realiza assembléias fantasmas e modifica o estatuto do DCE para facilitar sua manutenção no poder.

Em 2002 o Partido dos Trabalhadores (PT) venceu as eleições de governo e a reitoria passou a ser gerida por representantes ligados ao PT. Em 2003, a Administração Superior da UESPI iniciou investigações sobre os poderes do DCE: checagem dos alunos com notas falsificadas nos diários de classe, com ingresso irregular sem vestibular ou procedimento verossímil de transferência/portadoria de curso superior, etc. O Conselho Universitário – CONSUN, de posse das comprovadas denúncias, decide expulsar os envolvidos: Telsírio e Júlio César.

O roubo da ATA

Sabendo que Telsírio e Júlio César não eram mais alunos da UESPI – legal e administrativamente falando – alguns estudantes inconformados já há algum tempo, decidiram reunir os demais em Assembléia Geral em abril de 2004, para eleger uma nova diretoria. No momento da lavratura da ata, em que os estudantes, com as chaves do DCE em mãos, iam abrir as portas da sede da entidade, um sujeito, contratado por membros da gestão vigorante, furtou a ata da assembléia como forma de tentar impedir a legalização da nova gestão.

O ladrão foi interceptado por alunos na circunstância da fuga. Ele foi dominado e conduzido diante dos estudantes para que fosse indagado acerca do crime. A ata foi recuperada, mas por estar incompleta e rasurada pela ação do marginal, teve que ser desconsiderada. Foi realizada nova assembléia, registrada nova ata e dados os encaminhamentos legais para o cadastro da nova gestão.

Paralelo a isso, Telsírio e Júlio César conseguiram liminar determinando seus retornos como estudantes e voltaram ilegalmente aos cargos no DCE, pois haviam sido destituídos anteriormente pela segunda Assembléia. Mesmo assim, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina – SETUT aceitou as razões de Telsírio e Júlio César, repassou para eles os códigos de barras para confecção das carteiras estudantis da UESPI, considerando-os diretores do DCE. Devido à pressão exercida pelos estudantes, eles mudaram a sede do DCE para fora da UESPI, se distanciando da universidade politicamente. Por conta disso, pouco tempo depois, o movimento enfraqueceu e eles se mantêm no poder do Diretório até hoje.

A liga dos C.A.’s

Em 2005 surgiu uma nova mobilização estudantil. Os Centros Acadêmicos – CA’s reiniciaram uma organização interna (e independente do DCE ilegal), montaram a Liga dos CA’s: um DCE alternativo. A liga, através de Conselho de Entidades de Base, legitimou a vontade dos estudantes e se preparou para uma nova Assembléia.

No primeiro semestre de 2005, o “DCE”, realizou um Congresso Estudantil da UESPI na cidade de Picos, na Escola Municipal Padre Madeira, no qual, foi realizada uma eleição para a nova diretoria, feita totalmente de forma duvidosa e fraudulenta. Sabendo do evento, os estudantes da Liga dos C.A’s foram a Picos se manifestar contra.

Surpresos com a presença dos estudantes, os “donos” do DCE mantiveram um segurança bêbado na porta da sala de votação, enquanto buscavam de moto, os 17 discentes que iriam “legitimar” a nova gestão da entidade. Num universo composto por cerca de 25 mil estudantes, 17 colocaram Genevaldo da Silva, testa de ferro de Telsírio e Júlio César, na presidência do Diretório Central dos Estudantes.



Em 31 de março de 2006, a Liga dos C.A’S, convocou nova assembléia com a coleta de mais de 4.500 assinaturas dos estudantes em abaixo-assinado. Na ocasião, mais de 300 estudantes, destituíram a diretoria do DCE e elegeram uma Comissão Provisória com prazo de 180 dias prorrogável por igual período para tomar as medidas necessárias para reerguer o Movimento Estudantil Uespiano.



A Comissão Provisória eleita não pode assumir por causa de barreiras jurídicas que impediram o avanço do movimento, enfraquecendo mais uma vez a atuação estudantil. Os estudantes não conseguiram nada com um mandado de busca e apreensão da documentação em geral relativa ao DCE, inclusive a prestação de contas da movimentação bancária, para destituir de fato os ocupantes ilegítimos e falsamente competentes para a gerência do DCE, conforme ainda hoje se encontram. O período de 180 dias, prorrogável por mais 180 dias encerrou e os estudantes tiveram, mais uma vez, que iniciar tudo do zero.

O atual Movimento Estudantil – Coletivo M.E.U.


Em 2008, um grupo de estudantes criaram o coletivo M.E.U (Movimento dos Estudantes da UESPI). Este ano, iniciaram uma nova mobilização e já obtiveram conquistas relevantes. Com apoio jurídico e muita luta, obtiveram acesso a ata de eleição da atual gestão (eleita em 2007), o atual estatuto e um parecer da Administração Superior sobre a situação de cada membro da diretoria do DCE. Com esses documentos em mãos, descobriram assinaturas falsificadas na ata de eleição e outras de pessoas que nem são de estudantes da UESPI. Além disso, o presidente da Comissão Eleitoral e o vice-presidente do DCE também não são estudantes e o presidente, ainda o Genevaldo, teve sua matrícula cancelada no primeiro semestre de 2008.

A pouco tempo o Coletivo M.E.U. conquistou também o direito de emitir as carteiras estudantis através da UESPI. Em assembléia realizada no dia 26 de abril, os estudantes decidiram que a carteirinha seria repassada a preço de custo, custando apenas R$ 6,00. Com isso, o movimento estudantil ganhou credibilidade perante os demais estudantes, mostrou que essa não é uma luta impossível e quebrou as pernas desse grupo que se mantêm no Diretório a cerca de dez anos, interessados, apenas, no dinheiro das carteirinhas. O que falta agora é os discentes da UESPI se unir para tirar essas pessoas do DCE.



Adaptado do blog de João Paulo, http://themesopotown.blogspot.com/



quarta-feira, 29 de abril de 2009

NOTA DE REPÚDIO

A Universidade Estadual do Piauí sofre sérios problemas pela ausência de ensino de qualidade, pesquisa e extensão. Essas dificuldades se agravam ainda mais quando o governo do estado pouco se preocupa com a instituição, a administração superior adota medidas governistas e os estudantes não possuem uma entidade legítima e representativa para exigir melhorias.

Por isso, nós, do coletivo do Movimento Estudantil da UESPI (M.E.U.), repudiamos a atual gestão do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual (DCE), pois essa entidade deveria exercer o importante papel de lutar pelos direitos dos discentes da universidade. Entretanto, a diretoria do DCE da UESPI é ilegítima, não executa ações que atendam aos anseios dos discentes, não os representa, funciona fora da universidade com sede instalada em um prédio alugado no centro de Teresina e emite carteirinhas estudantis a preços abusivos, sem haver nenhum retorno desse dinheiro para os estudantes.

Essas pessoas que estão instaladas na diretoria do DCE, fazem parte de um mesmo grupo que a cerca de dez anos se mantêm no poder da entidade através de um processo eleitoral viciado. Através de várias modificações no estatuto do diretório, em assembléias sem o conhecimento da maioria dos estudantes, eles tornaram impossível a participação democrática dos estudantes no processo político e eleitoral do DCE.

Atualmente o estatuto só considera ASSOCIADO do DCE, quem tira a Carteira Estudantil pelo DCE da UESPI, porém a entidade deve representar todos os estudantes da universidade, independente de onde ele tirou sua carteirinha. Tem mais, o estatuto dita que o presidente da comissão eleitoral tem que ser escolhido pelo presidente do DCE. Esse presidente da comissão eleitoral tem todo o poder para dizer quem são os estudantes aptos a votar ou não e ao final da assembléia, pois as eleições são indiretas, ele pode validar ou não a eleição (ISSO É UM ABSURDO). Além disso, para inscrever chapa, o estudante tem que pagar uma tacha num valor, correspondente a uma porcentagem do salário mínimo.

Por tudo isso, repudiamos o atual presidente do DCE, Genevaldo Silva, que teve sua matrícula cancelada no primeiro semestre de 2008; o vice-presidente, José Maria, que não tem nenhum registro nos arquivos da UESPI, ou seja, nunca foi estudante da instituição; e toda essa diretoria, que foi eleita em julho de 2007, em um Segundo Congresso dos Estudantes da UESPI, o qual, quase todos os estudantes desconhecem.

Lutamos por um DCE DCEnte.
Movimento Estudantil da UESPI
(Coletivo M.E.U.)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SETUT confirma emissão de carteiras estudantis pela Universidade

Teresina-PI, 24/04/2009 - 10h00.

O gerente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT), Fábio Prado, afirmou, nesta sexta-feira (24/04), que recebeu orientação da Superintendência Municipal de Trânsito (STRANS) para conceder os códigos de barras - necessários à emissão de carteiras estudantis - para que Universidade Estadual do Piauí – UESPI possa emitir o documento aos seus estudantes. “O SETUT se manifesta de maneira favorável sempre quando as demandas têm amparo legal”, afirmou Fábio. O gerente do SETUT refere-se à Lei Municipal de Nº 2008, de 12 de março de 1990. No texto da lei, destaca-se o artigo 6º, que determina que a identidade estudantil deva ser emitida pelo estabelecimento universitário, no caso de aluno de curso superior.

O Procurador Jurídico da Universidade, Antônio Gonçalves Honório, compartilha do mesmo pensamento de Fábio Prado. “A Lei Municipal tem de ser atendida. Além disso, tanto o Ministério Público quanto a Procuradoria do Município de Teresina já deram pareceres favoráveis à UESPI”, informou Honório. Os estudantes que já efetuaram o pagamento da carteira estudantil junto ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) terão sua identidade estudantil garantida, mesmo após a decisão de que a própria Universidade, em conjunto com os estudantes, assuma também a responsabilidade pela emissão das mesmas. É o que afirmam os membros do coletivo de estudantes, que representou a UESPI na reunião do último dia 17/04, realizada na sede da Superintendência de Trânsito – STRANS, da PMT. Além de representantes da Universidade, a reunião contou com a presença do Superintendente da STRANS, José João Magalhães Braga Filho.

Iúna Gabriella, estudante do 7º período de Segurança Pública, que faz parte do grupo de estudantes que vem participando das mobilizações no sentido de garantir a expedição das carteiras pela própria UESPI, informa que a carteira de quem já pagou a taxa pelo DCE vai ter validade. “No entanto, os estudantes podem dirigir-se a um dos postos da rede Pag Contas e efetuar o pagamento da taxa de R$ 6,05, em nome da Fundação de Apoio à Universidade Estadual do Piauí – FAUESPI, relativa à carteira de estudante. Em seguida, o aluno deverá dirigir-se à sala que fica ao lado do Centro Acadêmico do Curso de Direito, localizada no Centro de Ciências da Comunicação, Educação e Artes – CCECA, no Campus Poeta Torquato Neto”, informou Iúna.

De acordo com Lucas Vieira, estudante do 7º período do Curso de Direito e também membro do coletivo de estudantes (que reúne ainda estudantes do Centro de Ciências da Saúde – CSS, do Campus de Parnaíba e do Campus Clóvis Moura), não há nenhum aspecto legal que impeça a Universidade de expedir as carteiras. “Isso está muito claro na Medida Provisória - MP nº 2.208, de 17 de agosto de 2001”, afirmou o universitário. O texto da MP dispõe sobre os descontos concedidos sobre o valor efetivamente cobrado para o ingresso em estabelecimentos de diversão e eventos culturais, esportivos e de lazer, mediante a apresentação de documento estudantil, expedido pelos correspondentes estabelecimentos de ensino ou pela associação ou agremiação estudantil a que pertença o estudante.

Por Dowglas Lima

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da UESPI | http://www.uespi.br/noticia.php?id=2123

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quem é que nos representa??

CONHEÇA O “DCE” DA UESPI.


GESTÃO UNIDADE E LUTA [??]


Presidente: GENEVALDO DA SILVA HOLANDA


Você conhece? Nem nós!



Genevaldo entrou na UESPI em 2000.1 no curso de História no Campus Torquato Neto, e encontra-se – pasmem! – com a MATRÍCULA CANCELADA desde 2008.1.

QUE DCE É ESSE? JUNTE-SE A NÓS NA LUTA PRA DERRUBAR O DCE.

Coletivo Movimento dos Estudantes da UESPI


Que inDCEncia!!!


Em matéria publicada no portal GP1 é alegado que "as carteiras de estudante emitidas pela UESPI não têm validade”, com base na palavra do advogado do DCE, Antonio José Morais. Segundo este, na reunião ocorrida no dia 17 de abril na STRANS “ficou acertado que só o DCE poderá expedir as carteiras”, atribuindo esta decisão ao próprio superintendente da STRANS, o Sr. José João Magalhães Braga Júnior.

PEDIMOS AOS ESTUDANTES QUE DESCONSIDEREM ESTA MENSAGEM!!!

A bem da verdade, na referida reunião estavam presentes sete alunos da UESPI (como a matéria fez questão de omitir) e o Procurador Jurídico da instituição. O que ficou acertado foi exatamente o oposto do que o DCE divulga: o Superintendente da STRANS autorizou a liberação dos códigos de barra para a emissão de carteiras para ambas as instituições (DCE e UESPI), e o estudante escolheria por qual destas tiraria a carteira. Como podemos provar isso? Além de nossa palavra e do parecer da UESPI , temos a gravação de toda a reunião da STRANS. Quem estiver interessado em ouvi-la, basta pedir informação a qualquer um do Coletivo M.E.U.
Ampliando o rol das mentiras, a matéria afirma ainda que “só o DCE tem a prerrogativa exclusiva para confeccionar e expedir as identidades estudantis”. Ora, não é isso o que diz a Medida Provisória 2.208/01, artigo 1º: “a qualificação da situação jurídica de estudante (...) será feita pela exibição de documento de identificação estudantil expedido pelos correspondentes estabelecimentos de ensino ou pela associação ou agremiação estudantil a que pertença (...) vedada a exclusividade de qualquer deles”.
Especificamente, a Lei Municipal n° 2008, de 12 de março de 1990, em seu artigo 6º, inciso I, afirma: “A identidade estudantil será expedida: I - Pelo estabelecimento universitário, no caso de aluno de curso superior”.
Esta emissão está prevista, ainda, no Estatuto da UESPI e no Ato Regulamentar nº 01, de 05 de janeiro de 2006, de autoria da Reitora Valéria Madeira.


Não satisfeitos com tanta sujeira, afirmam que “não há nenhum parecer ou documento da Prefeitura de Teresina dando direito a UESPI de emitir carteiras de estudantes”. É evidente que isso não se faz necessário, já que, como dito anteriormente, a IES goza de plenos direitos para fazê-lo. Essa emissão não se deu antes porque havia uma liminar, conseguida pelo DCE, que impedia a UESPI. Porém, esta foi proferida por um juiz sem competência jurídica e foi cassada em 18 de março de 2009.


É interessante notar como, para os integrantes desse “Diretório” e seus representantes, as palavras adquirem um sentido completamente diferente daquele que realmente têm. O Superintendente alega que a emissão propriamente dita dos códigos de barras para as duas partes só será feita a partir do primeiro de maio, mas o DCE entende que “a Strans decidiu que só irá analisar o pedido da Uespi no mês de maio”. É de dar dó.


O Presidente do nosso “Diretório Central dos Estudantes”, muitíssimo preocupado com o bem-estar dos estudantes uespianos, desabafa: “Como contribuinte me sinto envergonhado de saber que a Uespi quer expedir carteiras de estudantes”. É, realmente, de envergonhar qualquer um o fato de uma IES expedir carteiras em um processo transparente e sério, com prestação de contas aos estudantes e por um preço justo.
Genevaldo Silva, mais uma vez subestimando o conhecimento estudantil, diz ainda: “Imagine-se a USP e a UNB expedisse carteira de estudante, é o fim da picada!”. Não é preciso ir muito longe pra averiguar isso: em entrevista com o estudante Daniel Reis, do curso de Gestão Ambiental da USP, este nos informa que na USP é a própria instituição que expede as carteirinhas e esclarece como se dá a emissão das carteiras estudantis da entidade:

Nara Karoline: Daniel, como é a emissão de carteirinhas na USP?
Daniel Reis: A carteirinha da universidade você já recebe na hora da matrícula, uma provisória, e depois vem a outra, sem pagar nada. Agora a de transporte coletivo - ônibus e trem – é paga, e quem emite é a SPTRANS.
N.K.: Mas quem a emite é o DCE ou a universidade?
D.R.: A universidade emite a carteira universitária, e essa de ônibus e trem é separada. A universidade, através do COSEAS - Coordenadoria de Assistência Social da USP - só manda os dados para a SPTRANS, não havendo nenhuma participação de DCE.

Vitor Lucena, estudante de direito da UERJ, também concedeu entrevista ao M.E.U., em nome de Lucas Vieira:

Lucas Vieira: Como é o processo de expedição de carteiras na UFRJ?
Vitor Lucena: O estudante cadastra uma foto 3x4 no SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica) e a carteira sai de graça para o estudante.
L.V.: Mas pra vocês qual a vantagem de a própria UFRJ emitir as carteiras?
V.L.: A gratuidade. A não vinculação de um direito - de ser identificado como estudante - ao pagamento de uma taxa, que em várias universidades é bem acima do preço de custo. O ideal pra gente é que a universidade expeça, e que repasse ao DCE o que os estudantes quiserem contribuir. Deve haver contribuição voluntária, como havia na Bahia, que era a carteira unificada. Os vários DCE's expediam a carteira a preço de custo (cerca de R$3,00), e o estudante contribuía voluntariamente com cada entidade (CA, DCE, UEB e UNE).
L.V.: Desde sempre é a UFRJ que expede as carteiras?
V.L.: Não sei se é desde sempre, mas já tem bastante tempo.

É, Genevaldo, depois a gente reclama “quando o Piauí vira piada nacional”. É o que sempre ocorre quando são descobertos os “esquemas” e “maracutaias”, tão comuns em nosso estado. Como se não fosse bastante absurdo toda essa "declaração" neste portal, mais indecente é o intitulado Diretório Central dos Estudantes da UESPI ter como presidente uma pessoa que entrou no ano de 2000 na Universidade, beirando 10 anos de universidade, e o mais agravante tem sua matrícula cancelada desde o 2º período de 2008!

É contra todos esses absurdos e imoralidades que o Movimento Estudantil da UESPI está lutando, não só pra desmascarar estas irregularidades, mas também para lutar de todas as formas possíveis para que nenhum estudante seja ludibriado, ou pior, ter como representantes pessoas que nunca viram e que ainda emitem informações deste nível.

Nara Karoline
Movimento dos Estudantes da UESPI
Corpo de Assessoria Jurídica Estudantil - CORAJE

AVISO:

Houve um problema no sistema do Pag Contas. Não está sendo possível efetuar o pagamento das carteirinhas hoje, como havia sido divulgado. O Pag Contas nos informa que a partir de SEGUNDA FEIRA esse problema estará superado, então pedimos àqueles que não estudam no campus Torquato Neto esperem a confirmação de que o problema foi solucionado (que será feita aqui no blog) para se dirigirem ao Pag Contas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Carteirinhas pela UESPI!!! Como fazer???


Ingredientes:

O original e a cópia do comprovante de matrícula do período 2009.1;
Xérox da carteira de identidade (RG);
1 foto 3x4;
R$ 6,05
Uma pitada de felicidade ...

Modo de preparo:

Dirija-se ao Pag Contas e pague a taxa de R$ 6,05, enfatizando que pretende tirar a carteira pela UESPI.
Depois vá para a sala da Comissão Expedidora das carteiras estudantis da UESPI (C.E.), no final do corredor do CCECA, ao lado da Sala de Leitura, no campus Torquato Neto. (A sala ficará aberta de segunda à sexta, das 8:00 às 20:00h)

Lá será fornecido o formulário, que deverá ser preenchido e anexado às cópias do comprovante de matrícula e do RG, à foto 3x4, e ao comprovante de pagamento emitido pelo Pag Contas.
Depois de entregue, espere alguns dias e... tcharam! Será entregue em suas mãos uma carteirinha nova em folha, com aquele sabor de justiça mesclado a vitória.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Co-memorar!


Não é 'querer demais' exigir um mínimo de respeito de uma entidade que tem o dever de representar os estudantes, entidade intitulada de DCE (Diretório Central dos Estudantes ou seria Diretório das Carteiras Estudantis?).


Movidos pela raiva, digo raiva porque esse é o mínimo sentimento que brota na gente frente ao descaso do DCE para com a UESPI, para com os uespianos, e foi impulsionados por esse sentimento, mesclado a outros mais como a força, a coragem e a esperança que alguns estudantes se movimentaram nesta luta de Davi contra Golias.O que poucos percebem é que embora aparentemente pequeno o tal Davi não está vazio nem fraco, a força de outros companheiros o fortalece a cada passo em falso, a cada tropeço, e mesmo ao cair esse pequeno gigante se espelha na força dos que lutaram antes dele para que possa então erguer-se, é ciente de que não pode contentar-se com a derrota, seria como fechar os olhos para toda a luta dos que vieram antes dele, seria como continuar em vida mas acompanhado da morte, a morte do sonho, do desejo de vencer.


A emissão das carteiras estudantis pela UESPI é um pequeno passo para o Movimento estudantil mas um salto, e dos grandes, para a re conquista de um Diretório que há dez anos está nas mãos de pessoas descompromissadas com a moralidade e a decência. Ainda esperamos poder contar com mais e mais ‘Davis’ na luta por um representação estudantil transparente e eficaz e um dia chegarmos a proclamar a queda do tal gigante, estilhaçado no chão.


Monna Karoline Vaz é militante do Movimento Estudantil da UESPI (MEU) e do Corpo de Assessoria Jurídica Estudanil - CORAJE

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conquista Estudantil Uespiana


CARTA ABERTA AOS ESTUDANTES DA UESPI


Teresina, 16 de abril de 2009.


Há certo tempo ocorre na UESPI uma luta por um DCE (Diretório Central dos Estudantes) ativo na universidade, legítimo, representativo e moral. Em um momento, por volta de 2005, essa luta foi encampada pelo movimento denominado Liga dos C.A.s. Observando que a sustentação de tal "gestão" se dá através do monopólio de expedição das carteiras estudantis conferido ao DCE, o movimento, na época, tentou quebrar essa sustentação através da Medida Provisória 2.2008/2001 que confere direito à instituição de ensino (no nosso caso a UESPI) de expedir as carteiras estudantis, a preço mais adequado e real.


A carteira estudantil é um direito e um instrumento de enorme importância para os estudantes. O controle dos transportes públicos é feito pela prefeitura, através do Setut, sob supervisão da Strans; dessa forma a meia tarifa (e os códigos de barras que a viabilizam) também é controlada pelo Setut. Carteira sem código vale para todos os tipos de meia entrada, menos para os transportes, que são fiscalizados em cada município por um órgão próprio daquele município – por isso nossa carteira não vale nos ônibus das outras cidades, mas vale nos cinemas, por exemplo. Pensando nessa conjuntura, expedir carteiras sem códigos do Setut seria o mesmo que nada.


A Uespi, através da provocação do movimento estudantil, com base na medida provisória 2.208/2001, solicitou ao Setut os códigos para expedir carteiras úteis em todas as suas funções - e na principal delas, a de permitir que compremos créditos estudantis. Entretanto, a gestão do DCE propôs uma – Ação nº 2104952005 – contra a Liga dos C.A.s (sendo a Liga representada, nesta ação, por Kléssio Vieira Brasil) conseguiu o deferimento de uma liminar determinando que o Setut só poderia entregar códigos de barra ao DCE. Esta decisão inviabilizou a expedição de carteiras pela UESPI, ao menos nesse momento.


Além dessa iniciativa, a Liga dos CAs promoveu outras ações importantes, e não só no mundo jurídico. No entanto, acabou se desarticulando. Em 2008, durante a greve dos professores,um grupo de alunos participantes do movimento começou a fazer algumas reuniões, em que discutiam universidades e UESPI, pautando possíveis formas de atuar na nossa realidade acadêmica. Esse grupo passou a ter uma denominação – Coletivo Movimento dos Estudantes da Uespi, (M.E.U.) que ainda no mesmo ano passou a (re)discutir a questão do DCE.


Em resumo, o movimento, pensando nisso, voltou à questão das carteiras, e em em 18 de março desse ano a liminar que impedia a UESPI de receber os códigos do Setut foi anulada. Dessa forma tanto o DCE quanto a Uespi passaram a ter capacidade de expedir carteiras e receber os códigos do Setut. Quando há no SETUT um impasse sobre que entidades podem expedir carteiras, quem resolve a divergência é o Strans; a Assessoria Jurídica deste último órgão deu parecer favorável a UESPI - após conversas com o Movimento e com a procuradoria jurídica da UESPI. Mas, para os códigos serem entregues à UESPI, esse parecer deve ser assinado pelo Superintende de Trânsito (José João Magalhães de Braga Júnior), que é quem realmente decide.


Hoje, quinta-feira, em reunião do Coletivo com o Superitendente, este, diante dos dados fornecidos pela Assessoria Jurídica do STRANS, da UESPI e do Movimento Estudantil Uespiano, nos afirmou que liberaria códigos de barras tanto para o DCE, quanto para a UESPI. Na conversa, que foi gravada pelo coletivo, o Superitendente disse que apenas fecharia algumas definições em reunião com as duas entidades, nesta sexta, mas que poderíamos divulgar que os códigos de barras seriam liberados tanto pro DCE quanto para a UESPI.


Para quem não participou da Assembleia dos Estudantes da UESPI, que aconteceu dia 26 de março, convocada pelo movimento e por alguns centros acadêmicos da Universidade, elegemos uma comissão provisória de expedição de carteiras junto a UESPI, e que essa expedição seria a preço de custo. Então, você que não tirou a carteirinha de estudantes, pedimos que espere mais um pouco, porque, ao que tudo indica, logo, logo teremos carteiras de estudantes expedida pela própria Universidade. É um passo muito grande nesta luta para a existência de um entidade estudantil que realmente nos representem.


Saudações mais que esperançosas,


Coletivo Movimento dos Estudantes da Uespi

segunda-feira, 23 de março de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DA UESPI

PAUTAS:

  1. DCE
    -Carteira Estudantil
    -Nova Entidade
  2. Conselho Universitário (CONSUN)
    -Eleger os dois representantes estudantis do Conselho

    Local: Auditório Central do campus Torquato Neto
    Dia: 26 de março de 2009
    Horário: 17h30min

quinta-feira, 19 de março de 2009

Meu Sarau

“Te dar um gesto simples.
Passar a mão de repente sobre a tua mão,
Como se apalpa a vida ou fruto que pede para ser colhido.
Te dar um olhar,
Não aquele olhar distraído, mas um olhar de quem chegou inteiro
E que se entrega enternecido e desamparado
Dizendo: olha, sou teu
Agora veja lá o que vai fazer comigo”.
Affonso de Sant’Anna

O Movimento é MEU o movimento é nosso

Por Leonardo Maia

Meu é um pronome possessivo. É próprio da pessoa que fala, sentido e experimentado, por ela. Já o pronome, é uma palavra que acompanha o substantivo para torna-lhe claro o significado.

Assim somos o MEU, Movimento Estudantil da UESPI. Um movimento que envolve, indagações, sentimentos, insatisfações e conflitos, sentidos e experimentados pelos que o constrói. Um movimento que nos acompanha e acompanhamos para tornarmos mais claro o significado de sermos estudantes universitários.

O MEU surgiu quando vários estudantes de vários cursos da Universidade Estadual do Piauí, instigados pela a greve dos professores, passaram a se reunir para discutir nada mais, nada menos que UNIVERSIDADE.

Desde aí, tantas cabeças diferentes e pensantes divergem e discutem em busca de um só objetivo, uma Universidade melhor. Já passou da hora de nós estudantes corrermos atrás e exigirmos melhores condições de ensino. Não vamos mais cair naquele tenebroso clima de apatia que imperava nossa UESPI.

Vamos à luta, vamos fazer MOVIMENTO ESTUDANTIL.

quarta-feira, 18 de março de 2009

SEMANA DO CALOURO UNIFICADA

Por Leonardo Maia

Aos calouros, uma semana de três dias. Por que para os calouros? Porque eles entraram agora na universidade, porque eles vão ficar nela por quatro anos ou mais, porque são eles os responsáveis em dar continuidade ao Movimento Estudantil dentro da UESPI.

O Movimento Estudantil necessita se oxigenar. O que isso significa? Gente nova, com novas idéias e renovação do quadro de militantes, pois um dia, todos nós, vamos acabar nos formando.

Somos todos responsáveis pela movimentação estudantil da universidade enquanto formos estudantes da UESPI. Por isso a Semana do Calouro é voltada para todos os estudantes da instituição, pois o movimento é MEU, o movimento é nosso.

PROGRAMAÇÃO

DIA 24/03

17h
Debate:
“Educação em tempos de crise ”
•Educação como instrumento de dominação
•Sociedade e Crise Financeira
Local: Auditório Central do Torquato Neto

DIA 25/03

17h
Debate: “Uespi:Verdades e Desafios”
•Ensino ,Pesquisa e Extensão
•Uespi - O que tem? O que produz? O que falta? Porque falta?
Local: Auditório Central do Torquato Neto

19h30min
Sarau
Local: Pracinha da Prefeitura Universitária

DIA 26/03

16h
Debate:
“Panorama do Movimento Estudantil”
•Lutas e conquistas do ME
•Lutas estudantis na Uespi
Local: Auditório Central do Torquato Neto

17h30min
Assembléia Geral dos Estudantes da UESPI
Local:
Auditório Central do Torquato Neto

19h30min
Festa de Recepção aos Calouros

UESPI: sobre sonhos e realidade.

Por Thiago Oliveira
Todo estudante, quando entra na universidade, espera ter à sua disposição um ambiente adequado para a produção do conhecimento necessário para a sua formação profissional e para ser utilizado em sua vida em sociedade. Da mesma forma, toda universidade tem a obrigação de proporcionar a seus alunos os meios necessários para que sua principal função seja cumprida: a de formar profissionais capacitados e qualificados para, adequadamente, “devolverem” em utilidades práticas à sociedade aquilo que esta possibilitou que eles aprendessem.

Os estudantes deveriam ter acesso a uma universidade pública que lhes oferecesse uma boa estrutura, com equipamentos de qualidade, com professores bem remunerados, que possuísse amplo acervo bibliográfico, que lhes oferecesse ensino decente, além de possibilitar que eles participassem de atividades de pesquisa e de extensão.

No entanto, a realidade ousa discordar de nossas aspirações. O que nossos sentidos nos permitem perceber é que as universidades encontram-se abandonadas, entregues à sua sorte e aos mandos e desmandos dos interesses do capital privado. Essa política de desleixo é o reflexo da (des)preocupação do Poder Público com a educação superior. Por isso, encontramos universidades sucateadas, com péssimas estruturas, sem investimentos adequados em educação de qualidade e com as condições mínimas (ou até mesmo sem elas!) para que esta educação faça parte da realidade dos estudantes.

A UESPI também faz parte dessa história. Infelizmente, estamos inseridos no contexto nacional dominante de descaso para com as universidades públicas. Passamos pelos mesmos problemas que a maioria das universidades brasileiras passa. No entanto, como qualquer outra universidade, possuímos nossos problemas específicos (de uma forma ou de outra, eles são meras projeções dos problemas gerais) que, pouco a pouco, serão sentidos por cada um de vocês durante essa jornada que é a vida acadêmica. Sempre que o dinheiro acabar, ou quando o curso ficar mais puxado, ou quando os estágios começarem a aparecer (ou não!!!), ou quando precisarem do auxílio da Administração Superior, ou quando seu curso for interrompido pelos mais “bobos” motivos, vocês sentirão alguns “maus espíritos” puxando seus pés e impedindo que sigam suas vidas calma e tranquilamente. Aí, gradativamente, ficará claro que alguma coisa precisa ser mudada.

Não podemos esquecer o papel que cada estudante tem nessa odisséia para alcançarmos a tão almejada universidade de qualidade, pois somos personagens importantes nessa batalha, por menor que seja a nossa atuação para conquistá-la. Tudo o que temos é reflexo da nossa insistência para alcançarmos nossos objetivos e somente com insistência é que conseguiremos alguma coisa. De suma importância também, é que deixemos a apatia e o conformismo de lado e deixemos que nossa indignação nos movimente em ritmo constante, frequente, e não em breves lampejos de dinamismo em circunstâncias pontuais.

Uma universidade pública, gratuita e de qualidade não é um sonho. É um direito! Direitos não precisam existir somente na nossa abstração, no plano das idéias. Eles podem (e devem) existir de fato. A concretude desse direito depende de nós. Nós temos força! Mais do que isso: juntos, nós somos força e somente juntos é que conseguiremos transformar nossos direitos, de sonhos, em realidade.
“Sonho que se sonha junto é realidade” (Raul Seixas)


Thiago Oliveira é militante do Movimento Estudantil da UESPI (MEU) e do Corpo de Assessoria Jurídica Estudanil - CORAJE

terça-feira, 10 de março de 2009

QUEREMOS UM DCE DCENTE


DCE??? O que diabos é isso? O que isso tem a ver comigo?

Na universidade tiramos nossas carteiras estudantis através de um Diretório Central dos Estudantes. Isso mesmo, o DCE é uma organização estudantil, gerida por estudantes para estudantes.

Essa entidade deve: ser democrática, lutar pelos anseios dos estudantes e não ter fins lucrativos. Então por que pagamos pelas carteirinhas de estudantes? Porque esse dinheiro que pagamos deve retornar para os estudantes na forma de palestras, eventos culturais, intelectuais e de formação, no financiamento de viagens para encontros e congressos, no repasse para os C.A.’s (Centros Acadêmicos)...

Os DCE’s funcionam dentro das Universidades, facilitando o contato entre membros da diretoria e acadêmicos. A diretoria de um DCE é eleita por meio de eleição Ao fim de uma votação movimentada e de um processo tenso de apurações, a chapa que vence, por ter conquistado a maioria de votos, é empossada. Ela tem autonomia para gerir a entidade por todo o mandato, cumprindo com as suas propostas de campanha, mobilizando os estudantes em prol de causas comuns e fomentando discussões em torno da nossa conjuntura nacional.

Agora, imagine se a diretoria do DCE da sua Universidade realizasse eleições as escondidas e elegesse uma nova diretoria com o voto de apenas 17 estudantes, escolhidos pela própria diretoria. Pior ainda, se ela utilizasse o dinheiro das carteirinhas em benefício próprio, não fizesse repasse para os C.A.’s e nem prestasse conta aos estudantes das finanças. Catastroficamente pior, se ele não atendesse mais aos anseios dos estudantes, funcionasse fora da universidade e trabalhasse apenas em prol de um pequeno grupo de falsos estudantes corruptos.

Não é um DCE assim que queremos. Por isso lutamos por um Diretório que emita carteirinhas a preços acessíveis, patrocine eventos acadêmicos de caráter lúdico e intelectual; mobilize-se em a favor de causas estudantis, sociais, políticas e econômicas; respeite as decisões das assembléias gerais e represente os estudantes junto aos docentes e administradores da universidade.

segunda-feira, 9 de março de 2009

É tempo de ousar

Por Leonardo Maia



O que o Ensino Médio lhe ensinou além de fazer você aprender a responder uma prova de vestibular? Ensino superior pra quê? Para não ser preso? Para ganhar muito dinheiro? Para nos satisfazer profissionalmente? Só pra isso? Que educação nós queremos? Para que estudamos? Para manter a sociedade assim, desse jeito? Violenta, desempregada, miserável, pobre, analfabeta, corrupta? Que futuro somos nós se não ajudarmos a construir o presente? Você já parou para pensar sobre o seu papel social? Sobre o que realmente somos?

Nós somos estudantes inquietos e insatisfeitos. Somos Movimento Estudantil. Isso mesmo, estamos presentes nas ruas, nas praças, nas Universidades, aqui na UESPI... Lutamos por um ensino de qualidade, que atenda aos anseios de toda a sociedade, formando um mundo melhor. Fazemos ensino SUPERIOR!! Não estamos aqui para nos adequar, mas sim, para experimentar, criar novas fórmulas, estudar e praticar para uma formação mais humana. ESTAMOS AQUI PARA TRANSFORMAR!!!

Entretanto, a Universidade Estadual do Piauí não tem recursos suficientes para garantir essa sonhada formação de qualidade. Enfrentamos uma educação em crise, e isso já faz muito tempo. O ensino é precário e a pouco incentivo a pesquisa e a extensão. Se quisermos só esse pouco, podemos resumir nossa vida acadêmica da sala de aula para casa ou da sala de aula para o bar. Se não, podemos construir outros caminhos.

Por isso algumas cabeças, mãos, braços e pernas irrequietas começaram a se reunir para pensar, refletir, discutir, debater, confabular, conspirar, agir, lutar coletivamente. Percebemos que poderíamos juntos, ser agentes transformadores dessa realidade pouco agradável. Daí, começamos a querer movimentar mais a universidade e convidar mais estudantes a participar desse movimento, através da realização de reuniões, debates, manifestações, atividades intelectuais e culturais.

Somos estudantes e podemos fazer uma organização independente dentro da nossa instituição. Deixemos de ser tão ponderados, é na universidade onde temos a maior oportunidade de ousar. Qualquer estudante pode se integrar a essa luta, basta querer participar.




Leonardo Maia é coordenador do Centro Acadêmico de Comunicação Social, militante do Movimento Estudantil da UESPI (MEU) e da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOS).