segunda-feira, 23 de junho de 2008

Para que o período junino não passe sem reflexão

Vozes da Seca (Luís Gonzaga)


Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos

obs.: Os "doutô" a que se refere o compositor são os que saem das universidades e ensino superior para o trabalho, a profissão liberal etc., logo, não esquecer deste detalhe: se quem sai da universidade não tiver responsabilidade social, educação cidadã e prática democrática dos direitos humanos (para humanos direitos ou não!) nunca se modificará esta situação...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Reunião dia 20/06

Reunião de estudantes dia 20 de junho, das 17:30 às 18:30, na praçinha do CCET (perto dos caixas).
Pautas:
- Documentário e debate sobre movimento estudantil (que aconteceu na segunda 16/06)
- Atividade pra semana que vem
- outras que possam surgir..

CA's e estudantes interessados sintam-se convidados!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Observando a cobertura política da malamanhada imprensa

COBERTURA POLÍTICA
Entre a imparcialidade e o comprometimento

Por Venício A. de Lima em 17/6/2008

Resultados de pesquisas realizadas por diferentes instituições ao longo da campanha eleitoral de 2006 revelaram que a cobertura que os principais jornais e revistas ofereceram dos candidatos a presidente da República foi desequilibrada, isto é, favoreceu a um deles. Não foi a primeira vez, certamente, que isso ocorreu, mas nas eleições de 2006 o fato pôde ser fartamente comprovado e a cobertura jornalística acabou por transformar-se, no segundo turno, em tema de debate da própria campanha [cf. V.A. de Lima (org.), A Mídia nas Eleições de 2006, Editora Fundação Perseu Abramo, 2007).

Em 2006, apenas a CartaCapital tomou posição editorial a favor de um dos candidatos. Todas as outras principais revistas e jornais deixaram de manifestar publicamente sua posição. De qualquer maneira, a grande mídia sempre insistiu que sua cobertura é realizada dentro das normas da imparcialidade e da objetividade jornalística, isto é, sem a intenção de favorecer a este ou aquele candidato.

Qualquer estudante de jornalismo sabe (ou deveria saber), no entanto, que imparcialidade e objetividade são princípios irrealizáveis na prática concreta da apuração e da redação de notícias, sejam elas de política ou de outra editoria. O que se busca no jornalismo sério e responsável é minimizar a contaminação da cobertura pelas preferências pessoais do(a) repórter e pelos interesses dos donos dos jornais, expressos nos editoriais e nas colunas de opinião dos respectivos veículos.

Na verdade, uma série de fatores tem tornado a imparcialidade e a objetividade cada vez mais difíceis na prática jornalística. Um desses fatores é a transformação das empresas de mídia em grande conglomerados com interesses amplos e diversificados em vários setores da economia e, portanto, na formulação de inúmeras políticas públicas.

Uma das alternativas sempre lembradas para a ausência da imparcialidade que se manifesta, sobretudo, nas coberturas das campanhas eleitorais seria que os jornais declarassem publicamente sua posição política e assumissem a "contaminação" de sua cobertura jornalística pela posição assumida. O leitor saberia que o jornal X tem tal posição política e apóia tal candidato e o jornal Y tem outra posição e apóia outro candidato.

O editorial da Folha

O editorial publicado pela Folha de S. Paulo na sexta-feira (13/6), em defesa da publicação de entrevistas com candidatos a cargos eletivos antes da data permitida pela Justiça Eleitoral, coloca dois elementos interessantes na discussão sobre a cobertura política dos jornais em períodos eleitorais.

Primeiro, faz uma diferença entre propaganda e material jornalístico. Para a Folha, o "material jornalístico" – inclusive, entrevistas – é imparcial e apenas cumpre o dever de informar aos leitores sobre os candidatos a cargos eletivos. Já a propaganda, presumivelmente identificada como tal, é "mensagem em geral paga que tem o intuito de convencer, persuadir" o leitor.

Ora, é sabido que o grande poder da mídia é exatamente tornar as coisas públicas. Qualquer político precisa de visibilidade (que só a mídia oferece), mas não basta ter visibilidade, é preciso que ela seja favorável. Uma matéria jornalística poderá sempre favorecer ou prejudicar um determinado candidato dependendo do tipo de visibilidade que ela ofereça: positiva ou negativa. Desta forma, embora matéria jornalística e propaganda sejam, sim, diferentes, ambas podem, no entanto, funcionar como fator de "convencimento" direto e/ou indireto do leitor/eleitor.

Segundo, a Folha argumenta que as limitações da Lei Eleitoral e das resoluções do TSE se aplicam ao rádio e à televisão – que são concessões públicas – mas não se aplicam aos jornais. Na verdade, diz o editorial, "se o jornal desejasse apoiar e promover um postulante a cargo eletivo, teria pleno direito de fazê-lo".

As emissoras de rádio e de televisão, por serem concessões de um serviço público, isto é, de todos nós, não podem promover um determinado candidato porque estaria configurada a quebra do princípio da "impessoalidade" que rege a prestação de qualquer serviço público. Mas os jornais não estão sujeitos a essa limitação. Lembra o editorial corretamente que os jornais "surgiram vinculados a grupos e partidos políticos".

É verdade. Os jornais chamados "independentes" aparecem com a necessidade de captar recursos publicitários entre anunciantes de diferentes posições políticas e partidárias. O jornal não é uma concessão pública. É uma empresa que sobrevive no mercado da forma que julgar mais conveniente. Em outras palavras, o jornal não tem compromisso com o interesse público, o interesse de todos, como o rádio e a televisão. Pode, eventualmente, expressar a posição de uma parte, de um partido.

A posição política e seus riscos

Os pontos levantados pelo editorial da Folha de S.Paulo podem indicar uma saída para a maior transparência das coberturas jornalísticas nas campanhas eleitorais. Os jornais assumiriam publicamente sua posição política, o apoio a determinado candidato e teriam sua credibilidade junto aos leitores alicerçada nessa posição – e não mais numa suposta imparcialidade da cobertura política.

Melhor assim do que ter posição política, apoiar um candidato e "fazer de conta" que a cobertura foi feita com imparcialidade e objetividade, contrariando as evidências das pesquisas e do senso comum.

Fonte: Observatório da Imprensa

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Relatório - Reunião dos estudantes da uespi 06/06/08

PRESENTES:
Ciro (direito, torquato), Neire(turismo,torquato), Gláucia( direito, torquato), Nayara(comunicação social, torquato)

PAUTA:
- semana dos estudantes da UESPI - S.E.U

-Dificuldade de executar uma semana toda de atividades. decisão: dividir a atividades em várias semanas, com a atividade e dia correspondente ao que tinha sido combinado anteriormente.

ENCAMINHAMENTO:
-Marcada a primeira atividade para segunda-feira, dia 16, que consistirá na apresentação do movimento pela mobilização dos estudantes e formação política, com exibição de documentário sobre 68 e posterior debate. Depois haverá a apresentação uma peça teatral. Tudo estipulado para acontecer entre 16 e 19:30, no Campus Torquato Neto, local a confirmar.-As outras atividades planejadas para semana serão planejadas no decorrer de novas reuniões.

sábado, 7 de junho de 2008

Movimento estudantil e São João do Campus

- Reunião com a administração da UESPI sobre o São João do Campus

Terça-Feira, 10 de junho às 10:00 hrs no auditório central do Campus Torquato Neto

- Reunião da mobilização dos estudantes da UESPI

terça-feira, 10 de junho, das 17:30 hrs às 18:30 na pracinha do CCET

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Só pra completar: local, pátio do ccet
Desculpem o vacilo

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Reunião dos estudantes

Reunião dos estudantes sexta-feira, dia 6, às 17:30 hs
Pautas:
*semana dos estudantes da uespi (S.E.U)
*articulação dos centros acadêmicos
*frente de luta contra reformas

terça-feira, 3 de junho de 2008

Greve chega ao fim, luta pela Uespi continua

dos Docentes da Uespi (ADCESP) agradece todas as inciativas de apoio, principalmente de servidores e alunos da Universidade que se uniram aos movimentos e à greve, em solidariedade à luta dos professores.A Adcesp se compromete, hoje e sempre, pela luta incessante de infra-estrutura decente, e conclama toda comunidade acadêmica às novas atividades em defesa da nossa UESPI.Obrigado a você, estudante.

ADCESP

1968-2008


Recentemente visitamos esta que é a universidade pública brasileira em sua sintética essência, percorremos algumas de suas numerosas dimensões, especialmente a que se refere a livros e locais de experimentação criativa; acreditamos ser útil a reminiscência histórica-conjuntural do colega Danilo Silvestre, do DCE de lá, feita logo a seguir:

*"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país
a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública."*

*(Anísio Teixeira)*

*"Feita a revolução nas escolas, o povo a fará nas ruas."*

*(Florestan Fernandes)*

Dia 1º de abril de 1968: os estudantes da UnB decidiram em Assembléia Geral
pedir a expulsão do então professor Roman Blanco. Contra ele constavam
várias denúncias, dentre as quais a de delatar estudantes para a Ditadura.
Dia 3 de abril de 2008: após Assembléia Geral, os estudantes da UnB ocupam a
Reitoria com uma extensa pauta de reivindicações, como a paridade e a
exigência de renúncia do Reitor e do Vice-Reitor.

Mais do que a semelhança nas datas, esses dois movimentos têm em comum o
fato de serem vitoriosos e de defender a Universidade Pública. Em 68 alguns
meses (cinco para ser mais exato) foram percorridos para que o então
professor fosse, de fato, expulso da UnB. Para isso, os estudantes chegaram
a retirar os pertences da sala de Roman Blanco e também de seu apartamento
na Colina. Em 2008 foram 13 dias de ocupação até a renúncia do reitor e do
vice-reitor. A UnB torna-se assim a primeira universidade a ter seus
dirigentes "cassados" pelo Movimento Estudantil.

Outro ponto bastante relevante e que está presente tanto em 68 quanto em
2008 é o desejo reprimido que o corpo discente da UnB possui de participar
de forma ativa das decisões da universidade. Ou seja, torna-se imperioso que
a comunidade da UnB dê vez e voz aos seus estudantes. Não estamos mais no
período da Ditadura Militar. Sem essa justificativa, como explicar que na
universidade idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira e que deveria
ser a máquina da democracia, esta última não existe além do ideal
estudantil? Ideal que de tempos em tempos se levanta e que hoje ecoa assim:
"o estudante quer paridade! Democracia dentro da Universidade! "

E a pergunta fica no ar...

Para saber mais sobre o Movimento Estudantil de 1968:

A Rebelião dos estudantes (Brasília, 1968) – Antonio Pádua Gurgel

1968: O Ano que não terminou – Zuenir Ventura

Nota: Esse
texto foi originalmente publicado em
www.danilosilvestre .blogspot. com
Danilo Silvestre é Coordenador de Comunicação do DCE-UnB (Gestão Nada Será
Como Antes). Estudante de Ciência Política e militante do Movimento Instinto
Coletivo – UnB.

--
Danilo Silvestre
(61) 9221-8423
Movimento Instinto Coletivo

"Desligue a televisão. O que você quer encontrar pode estar lá fora"

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Fim da Greve: Professores da Uespi aceitam reajuste de 18% após 54 dias parados

Os professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), em greve há 54 dias, decidiram na manhã de hoje, em assembléia extraordinária, realizada no campus da instituição, acabar com o movimento grevista.

A categoria aceitou o reajuste de 18% linear oferecido para todos os níveis, pelo Governo e já irá retomar as aulas hoje. Os professores que trabalham através de dedicação exclusiva, com carga horária de 40 horas, terão salário de R$ 1.200.

O presidente da Associação dos Docentes da Uespi, Daniel Solon, comemorou também a autorização do concurso público para 120 professores efetivos e a suplementação orçamentária para a Universidade no valor de R$ 3,5 milhões, para este ano ainda, que serão investidos em laboratórios e equipamentos.

Na proposta apresentada ao Governo, o professor TP 20 graduado sairá de R$ 506,00 para R$ 600,00. Na outra ponta, o professor doutor dedicação exclusiva, nível IV, 40 horas aula, sairá de R$ 6.660,00 para R$ 7.883,00. Além disso, a Secretaria de Administração informou, também, sobre a criação de uma comissão composta de membros da Administração Superior da Universidade, Associação dos Docentes e Governo do Estado com o intuito de apresentar em 120 dias a reformulação completa do Plano de Carreira e Estrutura da UESPI.

A Secretaria de Administração, também, informa que não haverá corte no ponto dos professores, isso caso haja reposição do calendário acadêmico. Neste sentido, nesta terça-feira(03), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPEX vai se reunir para deliberar sobre a alteração no Calendário Acadêmico nos campi onde houve a configuração de greve: Poeta Torquato Neto e Clóvis Moura. O Calendário Acadêmico em vigor deverá ser estendido até completar a carga horária a ser ministrada, sem que haja perdas para os alunos. O reajuste salarial será retroativo ao mês de maio e contempla todas as classes e níveis docentes.

Fonte: Cidade Verde e Assessoria de Comunicação Social da UESPI