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Recentemente visitamos esta que é a universidade pública brasileira em sua sintética essência, percorremos algumas de suas numerosas dimensões, especialmente a que se refere a livros e locais de experimentação criativa; acreditamos ser útil a reminiscência histórica-conjuntural do colega Danilo Silvestre, do DCE de lá, feita logo a seguir:
*"Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país
a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública."*
*(Anísio Teixeira)*
*"Feita a revolução nas escolas, o povo a fará nas ruas."*
*(Florestan Fernandes)*
Dia 1º de abril de 1968: os estudantes da UnB decidiram em Assembléia Geral
pedir a expulsão do então professor Roman Blanco. Contra ele constavam
várias denúncias, dentre as quais a de delatar estudantes para a Ditadura.
Dia 3 de abril de 2008: após Assembléia Geral, os estudantes da UnB ocupam a
Reitoria com uma extensa pauta de reivindicações, como a paridade e a
exigência de renúncia do Reitor e do Vice-Reitor.
Mais do que a semelhança nas datas, esses dois movimentos têm em comum o
fato de serem vitoriosos e de defender a Universidade Pública. Em 68 alguns
meses (cinco para ser mais exato) foram percorridos para que o então
professor fosse, de fato, expulso da UnB. Para isso, os estudantes chegaram
a retirar os pertences da sala de Roman Blanco e também de seu apartamento
na Colina. Em 2008 foram 13 dias de ocupação até a renúncia do reitor e do
vice-reitor. A UnB torna-se assim a primeira universidade a ter seus
dirigentes "cassados" pelo Movimento Estudantil.
Outro ponto bastante relevante e que está presente tanto em 68 quanto em
2008 é o desejo reprimido que o corpo discente da UnB possui de participar
de forma ativa das decisões da universidade. Ou seja, torna-se imperioso que
a comunidade da UnB dê vez e voz aos seus estudantes. Não estamos mais no
período da Ditadura Militar. Sem essa justificativa, como explicar que na
universidade idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira e que deveria
ser a máquina da democracia, esta última não existe além do ideal
estudantil? Ideal que de tempos em tempos se levanta e que hoje ecoa assim:
"o estudante quer paridade! Democracia dentro da Universidade! "
E a pergunta fica no ar...
Para saber mais sobre o Movimento Estudantil de 1968:
A Rebelião dos estudantes (Brasília, 1968) – Antonio Pádua Gurgel
1968: O Ano que não terminou – Zuenir Ventura
pedir a expulsão do então professor Roman Blanco. Contra ele constavam
várias denúncias, dentre as quais a de delatar estudantes para a Ditadura.
Dia 3 de abril de 2008: após Assembléia Geral, os estudantes da UnB ocupam a
Reitoria com uma extensa pauta de reivindicações, como a paridade e a
exigência de renúncia do Reitor e do Vice-Reitor.
Mais do que a semelhança nas datas, esses dois movimentos têm em comum o
fato de serem vitoriosos e de defender a Universidade Pública. Em 68 alguns
meses (cinco para ser mais exato) foram percorridos para que o então
professor fosse, de fato, expulso da UnB. Para isso, os estudantes chegaram
a retirar os pertences da sala de Roman Blanco e também de seu apartamento
na Colina. Em 2008 foram 13 dias de ocupação até a renúncia do reitor e do
vice-reitor. A UnB torna-se assim a primeira universidade a ter seus
dirigentes "cassados" pelo Movimento Estudantil.
Outro ponto bastante relevante e que está presente tanto em 68 quanto em
2008 é o desejo reprimido que o corpo discente da UnB possui de participar
de forma ativa das decisões da universidade. Ou seja, torna-se imperioso que
a comunidade da UnB dê vez e voz aos seus estudantes. Não estamos mais no
período da Ditadura Militar. Sem essa justificativa, como explicar que na
universidade idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira e que deveria
ser a máquina da democracia, esta última não existe além do ideal
estudantil? Ideal que de tempos em tempos se levanta e que hoje ecoa assim:
"o estudante quer paridade! Democracia dentro da Universidade! "
E a pergunta fica no ar...
Para saber mais sobre o Movimento Estudantil de 1968:
A Rebelião dos estudantes (Brasília, 1968) – Antonio Pádua Gurgel
1968: O Ano que não terminou – Zuenir Ventura
Nota: Esse
texto foi originalmente publicado em
www.danilosilvestre .blogspot. com
Danilo Silvestre é Coordenador de Comunicação do DCE-UnB (Gestão Nada Será
Como Antes). Estudante de Ciência Política e militante do Movimento Instinto
Coletivo – UnB.
--
Danilo Silvestre
(61) 9221-8423
Movimento Instinto Coletivo
"Desligue a televisão. O que você quer encontrar pode estar lá fora"
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