Nessa terça-feira os estudantes se reuniram mais uma vez. A idéia era fazer panfletagem, mobilização dos estudantes, elaboração de cartazes pro ato de quarta-feira, 23 de março, e fazer um espaço de descontração e integração dos estudantes.
E o que fizemos? Jogamos cartas enquanto uma boa parte não chegava. Quando chegaram mais outros, fizemos uma pequena reunião, depois todos fomos pro chão, deixamos a criatividade fluir e confeccionamos os cartazes pro ato de quarta-feira. Alguns ainda faziam cartazes, quando outros foram zanzar pelos corredores da UESPI para distribuir a carta de divulgação do movimento e convidar mais estudantes pra participar do ato público.
E no ato público...
“Não troco, não trocaria, sou UESPI e queremos melhoria!” Bradavam em coro professores, servidores e estudantes de diversos cursos da Universidade Estadual do Piauí. Em uma passeata que partiu da Facime e tomou parte da Frei Serafim, chegando ao palácio de Karnak, onde segurávamos cartazes e faixas reivindicando melhorias pra Uespi, que está sendo gradualmente sucateada.
O ato público surgiu a partir da revolta de quem faz parte da universidade. Um desejo enorme de mostrar pra sociedade que a Uespi vai mal e que não fazem muito por ela. Após algumas assembléias onde se discutiu a greve e pautas de reivindicações dos estudantes, fomos finalmente às ruas em manifestação, com ponto de chegada no portão do palácio de Karnak, onde cartazes do tipo “Essa não é a universidade que queremos” e “Você pode fazer o que quiser com seu orçamento? Nem a Uespi”, somavam aos apelos dos que externavam a insatisfação ao microfone no carro de som.
Os meios de comunicação pautaram a greve; pessoas tomaram conhecimento da precária situação dos estudantes, servidores e professores da UESPI; e uma comissão foi recebida simbolicamente pelo secretário de governo.
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