sexta-feira, 9 de maio de 2008

DEBATE SOBRE MOVIMENTO ESTUDANTIL

RELATO - Debate sobre Movimento Estudantil

[07 / Maio - Quarta - Feira] [16:00 - 19:30]

["Anfiteatro" - Pátio do CCET]



O debate contou com a presença da galera (Helano - estudante do curso de Direito; Rômulo e Mayara - estudantes do curso de Comunicação Social) que participou do movimento estudantil na UESPI. Eles conversaram com a gente sobre suas experiências e contribuições ao movimento.

Na fala dos três quatro pontos foram marcantes:

a. construção de uma base;
b. representatividade;
c. ocupação de espaços;
d. relação com partidos políticos.


A)
Construção de uma base. O que é isso? São os estudantes fora da diretoria de centros acadêmicos. O movimento estudantil só tem força se houver uma base atuante, participativa.
Pra isso, é importante que os cursos formem D.A.'s ou C.A's. Assim se torna bem mais fácil a articulação dos estudantes.
Tendo uma entidade representativa, os estudantes de diferentes cursos conseguem se organizar melhor como um movimento estudantil unificado dentro e fora da universidade, pois os C.A.'s e D.A.'s podem aproximar mais os estudantes, integrando e motivando a luta por interesses incomuns.
Quem faz movimento estudantil tem que pensar também em continuidade, renovação. Não faz sentido iniciar uma luta que vai encerrar no dia da formatura. Por isso a importância de uma base consciente e politizada, para sempre haver oxigenação do movimento (o q é o mais importante - o movimento estudantil tem q continuar, sempre!!!) .


B)
Devemos sempre nos preocupar com a representatividade. O movimento deve ter legitimidade e responsabilidade com aquilo e aqueles q representa. Os objetivos, demandas e reivindicações do movimento, devem ser discutidas, sempre, com o maior número possível de estudantes. E como fazer isso? Convocar reuniões e/ou assembléias. Apesar de parecer perda de tempo ou burocrático, é assim que vamos fortalecer nossas idéias e conhecer a pluralidade dessa idéias.

C)

Quando se diz ocupar espaços, trata-se de espaços que deliberam assuntos q influenciam a vida acadêmica, como os conselhos. É de extrema importância termos representates atuando nesses espaços, pois neles, são tomadas decisões q envolvem os estudantes, e toda a universidade. Então, como é possível nao ter estudantes lá para defender os nossos interesses, já que somos maioria dentro da instituição?!
D)
A relação com partidos políticos em quanto movimento estudantil pode ser nociva, pois a maioria deles querem se aproveitar do movimento para se alto-promover (o q é perigoso). Cada um ter o seu partido é completamente normal. Entretanto, devemos sempre colocar os interesses estudantis (que é o elo entre os participantes do movimento) como prioridade.



Como encaminhamentos tivemos:

- Mobilização - deve ser uma pauta eterna no calendário de ações. (o que se revelou uma preocupação de todos)

- Reunião 09.05.08: formulação de idéias para as ações e assim a construção de novo calendário.
Notas:

- Ter um DCE de verdade (a necessidade foi colocada pelo o Helano, a preocupação em retomar a discussão pareceu geral);


- Pra fazer movimento tem que ter TESÃO (nosso amigo Rômulo fez questão de frisar isso - apoiado!)


- Ter idéias gostosas (atrativas) pra não desgastar. (Mayara - ótima sujestão)

Nota particular da Relatora (Heiza): Queridos companheiros, desculpem o relato mal feito e resumido, queria dizer a vcs q esse debate (eu so sou euzinha mas se me permitem) foi d+, aprendi muito e me entristece não poder repassar tudo aqui. Vlw galera! Ai critiquem, corrijam, acrescentem!

2 comentários:

Anônimo disse...

Poxa, estou triste por não ter participado do debate, pois o debate acerca das bandeiras do mov. estudantil é mais do que necessário nos dias de hj. Quero parabenizar a todos que participaram e contribuiram com ele, faz parte de nossa formação como sujeitos políticos intervindo na realidade, é através do acúmulo dessas discussões e experiências que muitos de nós evoluimos e agregamos valor ao movimento. Gostaria, apenas, de fazer uma ressalva em relação a letra "D" do RELATO do debate. Desde o início das mobilizações lá na UESPI, tem sido levantado, com razão, por alguns estudantes a presença dos partidos políticos. Temos exemplos nos 3 segmentos da uespi (professores, estudantes e alunos) a presença de militantes de partidos nos mesmos, eu sou um desses exemplos, faço parte do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Infelizmente o questionamento feito por alguns estudantes em relação a presença dos partidos tem sido de uma forma unilateral e muitas vezes ofensiva (agressiva), sem no mínimo abrir uma discussão prévia, metodológica e honesta (séria). No ponto em que faço a ressalva foi colocado que a relação dos partidos políticos com o movimento estudantil é nociva, "pois eles sempre querem um retorno". Primeiro, não levou-se em conta as diferenças ideológicas e programáticas entre os partidos diversos que existem por aí a fora. Segundo, realmente todo partido político quer um "retorno" (não existe somente o retorno eleitoral ou material, existe tambem o político), assim como qualquer corrente do pensamento (política), seja ela apartidária ou não também quer um retorno, há de se analisar justamente que ideologias, programas e de que forma atuam cada partido e ou cada corrente política para, só então, traçar-mos um paralelo com o "retorno" que busca cada um, não dá pra generalizar e nem para decretar sem antes analisar cuidadosamente, isso serve pra tudo. Terceiro, há muita confusão em torno desse debate, confusões simples de terminologias que acabam desvirtuado a discussão. Um exemplo foi uma vez em que fui questionado por um estudante de administração e no seu questionamento ele colocou que o movimento estudantil não deve ser um movimento político. Ora, o mov. estudantil é por essência um mov. político assim como qualquer outro mov. social, pois é um mov. de contestação da ordem e de reivindicações de um segmento social, o estudante confundiu política geral com política-partidária, sendo que a segunda está inclusa na primeira e só existe pq a primeira existe. É por esses e por outros desvios terminológicos que devemos ser mais francos e menos sectários nas discussões e nos estudos sobre o assunto. Como eu já disse uma corrente de pensamento no movimento seja ela apartidária ou não constitui uma corrente política, pq intervém direta ou indiretamente na realidade e se essa corrente tiver eco (for aceita, discutida e construida) por várias pessoas, toma então uma caráter partidário, lembrem-se sempre da expressão "tomar partido" ou seja aderir a algo ou alguma coisa. Portanto não dá para dizermos simplesmente que a presença de partidos no mov. estudantil é algo nocivo, essa generalização acarretaria um vazio e uma paralisia enorme no movimento, pq como acabei de explicar partido não é só aquele em que a gente vota e sim aquele que a gente defende seja ele partido institucionalizado ou não, acho que deu pra ser claro. Devemos fazer mais e mais debates acerca do movimento estudantil e sua relação com os partidos de uma forma que não seja unilateral, com a presença de militantes de partidos e de "independentes". Pra conluir, nós da Juventude do PSTU defendemos a total independência do mov. estudantil aos partido, inclusive ao nós, mas essa independência não pode ser confundida com apoliticismo ou neutralidade senão o nosso mov. não iria pra lugar nenhum, o que defendemos é uma independência financeira e organizativa em relação a todos os partidos, pois qd acaba essa independencia (exemplo: UNE) o mov. tende a se autodestruir.
Até mais!

Anônimo disse...

PENSO COMO O ANDRÉ.INTERESSANTE ATÉ NA ELABORAÇÃO DAS ATIVIDADES DA SEMANA DO ESTUDANTE DA UESPI UM DEBATE SOBRE "MOVIMENTO E PARTIDOS POLÍTICOS" (JÁ QUE O INTUITO É A FORMAÇÃO POLÍTICA DOS ESTUDANTES COM O M.E TB PODEMOS ESCLARECER COMO FUNCIONA A LUTA DE CLASSES NOS MOVIMENTOS SOCIAS EM QUE ALGUNS PARTIDOS FAZEM PARTE).

ÉRICA BRITO
C.A DE EDUCAÇÃO FÍSICA-UESPI
Construindo a CONLUTE
MILITANTE DA JUVENTUDE DO PSTU-PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO