sexta-feira, 9 de maio de 2008

Grevistas partiram bolo de um mês de greve na Uespi


Fonte: Associação de Docentes da UESPI


Populares, professores e estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) cantaram parabéns pela luta "em defesa da Uespi", como mostrava o confeite do bolo que foi repartido entre os presentes na manifestação que marcou o aniversário de um mês de greve dos docentes da Instituição, completados nesta sexta-feira.

O ato público foi realizado hoje na Rua Climatizada (centro de Teresina), às 10h.



Os docentes da Uespi aguardam nova negociação com a Secretaria de Administração, que havia prometido apresentar proposta a categoria ainda nesta semana. "Como não apresentou proposta, o governo frustrou toda a categoria, que continua firme na greve. Também esperamos ser chamados para negociar com o governo sobre a reestruturação da Uespi", disse o presidente da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), Daniel Solon.

Na última assembléia geral da categoria, realizada ontem (08), decidiram continuar o movimento por tempo
indeterminado. Os professores reivindicam reajuste salarial, concurso público e melhoria estrutural da universidade.

Calendário de atividades - Na próxima terça-feira (13), às 10 horas, haverá audiência pública na Câmara Municipal de Teresina, a partir de requerimento aprovado pelo vereador Jacinto Teles.
No dia 14 de maio, quarta-feira, às 9 horas, haverá novo ato público. Professores, estudantes e servidores estão sendo convidados a participar de manifestação em defesa da Uespi. Os manifestantes se concentração em
frente ao prédio da Facime e sairão em passeata até a Assembléia Legislativa.

Mais Informações:
Daniel Solon – Presidente da ADCESP – 086 9976 1400
Iury Campelo (Jornalista) – 9444 8383

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa, estou triste por não ter participado do debate, pois o debate acerca das bandeiras do mov. estudantil é mais do que necessário nos dias de hj. Quero parabenizar a todos que participaram e contribuiram com ele, faz parte de nossa formação como sujeitos políticos intervindo na realidade, é através do acúmulo dessas discussões e experiências que muitos de nós evoluimos e agregamos valor ao movimento. Gostaria, apenas, de fazer uma ressalva em relação a letra "D" do RELATO do debate. Desde o início das mobilizações lá na UESPI, tem sido levantado, com razão, por alguns estudantes a presença dos partidos políticos. Temos exemplos nos 3 segmentos da uespi (professores, estudantes e alunos) a presença de militantes de partidos nos mesmos, eu sou um desses exemplos, faço parte do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Infelizmente o questionamento feito por alguns estudantes em relação a presença dos partidos tem sido de uma forma unilateral e muitas vezes ofensiva (agressiva), sem no mínimo abrir uma discussão prévia, metodológica e honesta (séria). No ponto em que faço a ressalva foi colocado que a relação dos partidos políticos com o movimento estudantil é nociva, "pois eles sempre querem um retorno". Primeiro, não levou-se em conta as diferenças ideológicas e programáticas entre os partidos diversos que existem por aí a fora. Segundo, realmente todo partido político quer um "retorno" (não existe somente o retorno eleitoral ou material, existe tambem o político), assim como qualquer corrente do pensamento (política), seja ela apartidária ou não também quer um retorno, há de se analisar justamente que ideologias, programas e de que forma atuam cada partido e ou cada corrente política para, só então, traçar-mos um paralelo com o "retorno" que busca cada um, não dá pra generalizar e nem para decretar sem antes analisar cuidadosamente, isso serve pra tudo. Terceiro, há muita confusão em torno desse debate, confusões simples de terminologias que acabam desvirtuado a discussão. Um exemplo foi uma vez em que fui questionado por um estudante de administração e no seu questionamento ele colocou que o movimento estudantil não deve ser um movimento político. Ora, o mov. estudantil é por essência um mov. político assim como qualquer outro mov. social, pois é um mov. de contestação da ordem e de reivindicações de um segmento social, o estudante confundiu política geral com política-partidária, sendo que a segunda está inclusa na primeira e só existe pq a primeira existe. É por esses e por outros desvios terminológicos que devemos ser mais francos e menos sectários nas discussões e nos estudos sobre o assunto. Como eu já disse uma corrente de pensamento no movimento seja ela apartidária ou não constitui uma corrente política, pq intervém direta ou indiretamente na realidade e se essa corrente tiver eco (for aceita, discutida e construida) por várias pessoas, toma então uma caráter partidário, lembrem-se sempre da expressão "tomar partido" ou seja aderir a algo ou alguma coisa. Portanto não dá para dizermos simplesmente que a presença de partidos no mov. estudantil é algo nocivo, essa generalização acarretaria um vazio e uma paralisia enorme no movimento, pq como acabei de explicar partido não é só aquele em que a gente vota e sim aquele que a gente defende seja ele partido institucionalizado ou não, acho que deu pra ser claro. Devemos fazer mais e mais debates acerca do movimento estudantil e sua relação com os partidos de uma forma que não seja unilateral, com a presença de militantes de partidos e de "independentes". Pra conluir, nós da Juventude do PSTU defendemos a total independência do mov. estudantil aos partido, inclusive ao nós, mas essa independência não pode ser confundida com apoliticismo ou neutralidade senão o nosso mov. não iria pra lugar nenhum, o que defendemos é uma independência financeira e organizativa em relação a todos os partidos, pois qd acaba essa independencia (exemplo: UNE) o mov. tende a se autodestruir.
Até mais!