sábado, 10 de maio de 2008

Nota do Diretório Acadêmico "Manu Ladino" do Campus Clóvis Moura (Dirceu)



O Diretório Acadêmico “Mandu Ladino”, entidade representante dos estudantes da UESPI - Campus Clóvis Moura, no Grande Dirceu, vem através dessa nota, manifestar total apoio à greve dos professores da UESPI, que estão reivindicando além de aumento salarial, autonomia financeira para a instituição e melhores condições de trabalho.


No entanto, consideramos que esta greve está atrapalhando toda a programação anual, prejudicando o período letivo e conseqüentemente nossa aprendizagem e nossos planos para o futuro. Existem casos em que estudantes foram aprovados em concursos e estão só esperando o encerramento do período letivo para concluírem a graduação e conseqüentemente assumirem seus cargos, mas com a greve esses estudantes estão correndo o risco até de perder a vaga nos concursos em que foram aprovados. E mais, estão se aproximando as eleições para Diretor de Campus e Coordenadores de Curso, e como nós iremos eleger nossos coordenadores se a greve não acaba? Como ouviremos as propostas dos candidatos, se as salas estão totalmente vazias?

Neste dia 09 de maio, estamos completando um mês de greve, queremos o retorno das aulas o mais rápido possível, pois essa situação está prejudicando nossa vida acadêmica.
É inadmissível que depois de um mês de greve, o governo ainda se recusa a negociar com os professores, que ganham tão mal, merecem respeito e melhores condições de trabalho. Nós queremos aula e os professores querem trabalhar. Acreditamos que está na hora do governador intervir diretamente nas negociações e resolver o problema.

Queremos mais respeito para com a classe de professores, mais investimento para UESPI. O Campus Clóvis Moura, pela primeira vez, não ofertará vagas para o curso de Ciências Contábeis no próximo vestibular, pois o mesmo não possui salas de aula suficientes e isso é intolerável. Tantos estudantes sonhando com uma vaga na UESPI e a mesma diminuindo a quantidade de vagas ou a quantidade de cursos.

QUEREMOS MUDANÇAS!!!

Presidente do Diretório Acadêmico “Mandu Ladino”

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa, estou triste por não ter participado do debate, pois o debate acerca das bandeiras do mov. estudantil é mais do que necessário nos dias de hj. Quero parabenizar a todos que participaram e contribuiram com ele, faz parte de nossa formação como sujeitos políticos intervindo na realidade, é através do acúmulo dessas discussões e experiências que muitos de nós evoluimos e agregamos valor ao movimento. Gostaria, apenas, de fazer uma ressalva em relação a letra "D" do RELATO do debate. Desde o início das mobilizações lá na UESPI, tem sido levantado, com razão, por alguns estudantes a presença dos partidos políticos. Temos exemplos nos 3 segmentos da uespi (professores, estudantes e alunos) a presença de militantes de partidos nos mesmos, eu sou um desses exemplos, faço parte do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado). Infelizmente o questionamento feito por alguns estudantes em relação a presença dos partidos tem sido de uma forma unilateral e muitas vezes ofensiva (agressiva), sem no mínimo abrir uma discussão prévia, metodológica e honesta (séria). No ponto em que faço a ressalva foi colocado que a relação dos partidos políticos com o movimento estudantil é nociva, "pois eles sempre querem um retorno". Primeiro, não levou-se em conta as diferenças ideológicas e programáticas entre os partidos diversos que existem por aí a fora. Segundo, realmente todo partido político quer um "retorno" (não existe somente o retorno eleitoral ou material, existe tambem o político), assim como qualquer corrente do pensamento (política), seja ela apartidária ou não também quer um retorno, há de se analisar justamente que ideologias, programas e de que forma atuam cada partido e ou cada corrente política para, só então, traçar-mos um paralelo com o "retorno" que busca cada um, não dá pra generalizar e nem para decretar sem antes analisar cuidadosamente, isso serve pra tudo. Terceiro, há muita confusão em torno desse debate, confusões simples de terminologias que acabam desvirtuado a discussão. Um exemplo foi uma vez em que fui questionado por um estudante de administração e no seu questionamento ele colocou que o movimento estudantil não deve ser um movimento político. Ora, o mov. estudantil é por essência um mov. político assim como qualquer outro mov. social, pois é um mov. de contestação da ordem e de reivindicações de um segmento social, o estudante confundiu política geral com política-partidária, sendo que a segunda está inclusa na primeira e só existe pq a primeira existe. É por esses e por outros desvios terminológicos que devemos ser mais francos e menos sectários nas discussões e nos estudos sobre o assunto. Como eu já disse uma corrente de pensamento no movimento seja ela apartidária ou não constitui uma corrente política, pq intervém direta ou indiretamente na realidade e se essa corrente tiver eco (for aceita, discutida e construida) por várias pessoas, toma então uma caráter partidário, lembrem-se sempre da expressão "tomar partido" ou seja aderir a algo ou alguma coisa. Portanto não dá para dizermos simplesmente que a presença de partidos no mov. estudantil é algo nocivo, essa generalização acarretaria um vazio e uma paralisia enorme no movimento, pq como acabei de explicar partido não é só aquele em que a gente vota e sim aquele que a gente defende seja ele partido institucionalizado ou não, acho que deu pra ser claro. Devemos fazer mais e mais debates acerca do movimento estudantil e sua relação com os partidos de uma forma que não seja unilateral, com a presença de militantes de partidos e de "independentes". Pra conluir, nós da Juventude do PSTU defendemos a total independência do mov. estudantil aos partido, inclusive ao nós, mas essa independência não pode ser confundida com apoliticismo ou neutralidade senão o nosso mov. não iria pra lugar nenhum, o que defendemos é uma independência financeira e organizativa em relação a todos os partidos, pois qd acaba essa independencia (exemplo: UNE) o mov. tende a se autodestruir.
Até mais!